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Quintal da Roberta


Depois da aula...


Lembro dos dias em que eu menina usava duas blusas, calça de lã mais calça de moleton, duas meias, botinha verde... Eram dias de inverno. Depois da escola a regra de todo dia era quase sempre brincar. Comum era brincar na rua em dias quentes, mas em dias como aquele era coisa rara. Aqueles eram dias de brincar dentro de casa. Dias de brincar no quarto. E eram dias que poderiam ser tão chatos... Afinal... Qual a graça de uma armário velho, com portas quebradas, cheio de adesivo por dentro das portas, com roupas e mais roupas para passar? O que fazer em um quarto com cama-beliche que fazia um barulhinho de “inhec inhec” quando nela se subia? O que fazer num quarto pequeno demais para seis ou sete crianças... Ou mais?


Aquele quarto era nosso tudo! Alí o armário virava um integrante de uma gincana com vários desafios, dentre eles, procurar uma bonequinha minúscula no meio das gavetas de roupas. E a cama beliche, em outros dias de frio, virava uma grande embarcação que nos levava a viagens perigosas. O frio de fora não entrava alí, a cada brincadeira mais calor se fazia nos sorrisos! Assim, éramos felizes, bem felizes. A tarde virava noite num passe de mágicas e quando a mãe chamava para jantar... A vontade era de fazer o tempo parar!






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